Pozzobon: Um passo importante na Causa de Beatificação

12 de setembro de 2019 às 10:37 AM

 

A Causa de Beatificação do Servo de Deus João Luiz Pozzobon inicia uma etapa importante. Quem nos conta os detalhes é o postulador arquidiocesano do Processo, o Pe. Vandemir Jozoé Meister:

 

Quais são as novidades na Causa de Beatificação?

No dia 19 de agosto foi aberta oficialmente, pela Arquidiocese de Santa Maria/RS, uma comissão para a investigação de um suposto milagre.

Quem promove a Causa de Beatificação de qualquer fiel é o bispo local. Como João Luiz Pozzobon é um fiel da Arquidiocese de Santa Maria, a investigação inicia ali.

Dom Hélio Adelar Rubert fez a abertura dessa comissão diocesana para a investigação de um possível milagre. Ou seja, não é a investigação de um milagre, mas de um POSSÍVEL milagre. Isso porque quem determina se é ou se não é um milagre é a Secretaria para a Causa dos Santos, no Vaticano, depois de todas as análises que correspondem a eles fazerem.

 

Quem compõe essa comissão?

A comissão é composta por um promotor, um delegado, um secretário, um médico perito, junto com o atual postulador. As pessoas nomeadas prestam juramento sob a Palavra de Deus (bíblia), diante do Sr. Arcebispo, comprometendo-se com a busca da veracidade dos fatos e seu correspondente segredo até o pronunciamento final pela Secretaria da Causa dos Santos.

 

Essa comissão investiga determinadas pessoas, vai ao encontro delas para deporem e analisa o evento que supostamente aconteceu e poderia ser um milagre. E, a partir de determinadas perguntas que interessam à Secretaria da Causa dos Santos em Roma, são feitas as investigações junto às pessoas mais próximas envolvidas no fato. São investigados os hospitais por onde a pessoa passou (no caso de ter passado por hospitais); buscam-se todos os exames médicos, as pessoas envolvidas no tratamento e é feito um histórico processual reunindo todo os materiais que serão futuramente encaminhados para o Vaticano. Isso corresponde ao trabalho que essa Comissão está agora fazendo. A comissão segue as orientações e a metodologia científica que a própria Secretaria para a Causa dos Santos prevê que se utilize nesse tipo de trabalho.

 

A investigação busca todos os fatos precedentes e pós-ocorrentes, nos mínimos detalhes. Em diálogo com a ciência para determinar a circunstância que a ciência diz: “até aqui temos resposta e agimos, daqui para frente, a ciência se cala pois não tem explicação”.

 

E quem chega à conclusão se é ou não um milagre é a Secretaria da Casa dos Santos no Vaticano. Nós simplesmente juntamos os dados que, imaginamos, podem estar dentro de todos os requisitos solicitados pela Causa dos Santos. Como a gente percebe que esse caso pode responder a esses quesitos, então monta-se uma comissão que fará o estudo para encaminhar ao Vaticano.

 

 

 

Como podemos acompanhar a investigação?

A notícia da abertura dessa comissão é pública, tem que ser pública. E, assim, se pede também para que as pessoas se unam em oração nesse momento, junto com o bispo e com toda a arquidiocese, para que todo o trabalho que será feito vá por bom caminho e que possa ser apresentado prontamente no Vaticano. E que, se estiver nos planos da Divina Providência, que seja reconhecido como um milagre atribuído a João Luiz Pozzobon.

 

O Arcebispo convida a todos os fiéis para que rezem, que rezem por todo o trabalho que está sendo realizado e prontamente chegue ao seu término, com um sinal positivo.

 

Os temas que são tratados correm em segredo: não se nomina a cidade, não se nomina o país e o local, os familiares e pessoas envolvidas no suposto milagre. A materialidade do estudo e das pessoas envolvidas corre em segredo.

 

 

Quanto tempo dura a investigação?

O tempo é indeterminado. Não podemos afirmar que será um mês, dois meses, seis meses, um ano, três anos, cinco anos… Às vezes, o processo é lento em função das distâncias territoriais para percorrer pela equipe em busca das informações; leva tempo também o agendamento dessa equipe, entre as diversas pessoas, para estarem presentes nesses acontecimentos de investigação. Todo ato investigativo deve ser avalizado por provas. E, depois, vem todo o tema da análise pela Secretaria do Vaticano, com mais perguntas e, talvez, mais esclarecimentos sobre determinadas coisas.

 

É um processo com um começo recente, mas nós não podemos dizer que terá um fim imediato e pronto. Por isso pedimos às pessoas: rezem por esse trabalho que está sendo feito pela comissão; também, sigam pedindo a intercessão de João Luiz Pozzobon por milagres.

 

 

Como podemos aproveitar bem este “Ano João Pozzobon”?

Eu creio que este ano dedicado a João Luiz Pozzobon poderia ser um ano de maior intensidade na oração para a sua beatificação. Creio que é uma grande oportunidade para que todos os devotos peçam sua intercessão. Deus conhece a necessidade de cada um e pela intercessão dos santos Ele também nos atende. Nós temos que ter a simplicidade de nos aproximar dos santos. Nos aproximar vendo também as características dele: João Luiz Pozzobon é um homem que responde às necessidades do homem moderno. A sua maneira de ser, a sua maneira de empreender, de conduzir a sua família e também a dimensão da pastoral – uma proposta para a Igreja, para a evangelização das pessoas no século XXI. É muito original o trabalho que ele faz pela Campanha da Mãe Peregrina. Há também outras dimensões que podemos explorar muito na pessoa dele, como por exemplo, o compromisso social com os mais pobres e a perspectiva com que ele abordou esse tema. Este ano de 2019, dedicado a conhecer a pessoa dele, é uma grande oportunidade também para nós nos aproximarmos mais efetivamente, com a nossa fé, da pessoa de João Luiz Pozzobon.

 

 

Pe. Vandemir Jozoé Meister, postulador arquidiocesano do Processo

 

Fonte: schoenstatt.org.br

 

 

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