Filhos consagrados à Maria

18 de abril de 2019 às 5:01 PM

125 anos da consagração do Pe. José Kentenich

 

Ir. M. Marcia Carmo da Silva – “Educa meu filho! Sê-lhe inteiramente mãe! Cumpre no meu lugar os deveres de mãe” [1], assim reza Catarina Kentenich, há 125 anos, diante da imagem de Nossa Senhora do Rosário, no dia 12 de abril de 1894. Dificuldades familiares e econômicas obrigam-na a deixar seu filho José Kentenich no orfanato de Obernhausen. Esse momento é marcado pela dor da separação.

 

Consagrar os filhos a Nossa Senhora é um costume antigo na Igreja e muitos pais, por vinculação ou devoção, escolhem o Santuário da Mãe e Rainha de Schoenstatt para concretizar essa entrega. Esse gesto representa o “desejo de conduzi-los no amor e na companhia de Maria, para que ela os abençoe e proteja de todo o mal”, afirmam Débora Cristina e Antônio Flávio Possetti, que consagraram seus filhos, João e Pe. Vitor Possetti, no Santuário da Mãe e Rainha de Schoenstatt, em Londrina/PR.

 

 

Para Celina Montedori e João Donizetti da Silva, de Campinas/SP, consagrar um filho na infância significa um compromisso. “Consagramos nossos filhos com o pedido de eles crescerem na graça e assumimos o compromisso de educá-los no caminho de Deus. Diante das dificuldades e desafios que enfrentamos, principalmente quando se trata de conduzi-los no caminho da fé, nada melhor que recorrer ao auxílio de Maria”, conta a mãe. João e Celina são pais da Ir. M. Carolina Montedori, hoje consagrada no Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt.

 

“O nosso sentimento de desvalimento na educação dos filhos encontra sua resposta no olhar, no abraço, nas mãos e no coração de Maria”, dizem Rosângela Viezzi e Edson Lucio Pieralisi, pais do Gabriel (23 anos), Rafael (21 anos) e da Beatriz (18 anos). Eles contam que o Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt foi o primeiro destino de seus filhos, quando deixaram a maternidade. “Nós os colocamos no altar do Santuário, assim como fazia o Pe. José Kentenich, e os consagramos à Mãe, Rainha e Educadora”.

 

“Herói é quem consagra sua vida a algo de grande” [2]

O pequeno José Kentenich, com pouco mais de oito anos de idade, acompanha atentamente a oração de sua mãe, Catarina Kentenich, e, a partir desse dia, assume Maria como sua mãe. Anos mais tarde, ao celebrar 25 anos de sacerdócio, ele revela: “Tudo o que se fez, tudo o que pude realizar, se deve à nossa querida Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt” e continua: “Ela me formou e educou pessoalmente a partir dos nove anos de idade.[…] Minha educação foi obra exclusiva da Mãe de Deus, sem outro influxo humano mais profundo” [3]

 

 

A família Pieralisi leva os filhos da maternidade direto para o Santuário

O futuro dos filhos – seja profissional, vocacional, físico, etc. – é um mistério que nenhum pai consegue prever, porém a consagração oferece uma certeza: “Não estamos sozinhos! Maria é nossa ‘companheira de caminhada’”, afirma Pieralisi, que acrescenta: “Maria educa nossos filhos e também a nós, pais, por meio de seu exemplo, de suas palavras, de sua companhia, de sua intercessão”.

 

Ver os filhos crescerem em sabedoria e graça é uma alegria para os pais. Débora e Antônio contam que essa graça eles alcançaram com a intercessão de Maria. A “Mãe e Rainha nos ajudou muito na formação dos nossos filhos. Hoje o Vitor é sacerdote e o João um futuro médico. Não nos cansamos de agradecer”, dizem os pais da família Possetti.

 

Para Celina, a consagração da filha no Santuário de Atibaia/SP foi um momento fundamental, que encontraria eco anos mais tarde. “Deus já a tinha escolhido e não percebemos”, falam os pais de Ir. M. Carolina, referindo-se ao caminho vocacional da filha e recordando a consagração que fizeram. “Ela sempre foi muito dedicada para as coisas de Deus. Foi totalmente diferente de todas as meninas. Entrou na catequese antes mesmo de ter idade, porque queria muito participar, e mais tarde começou a tocar teclado na missa das crianças e daí não parou mais”, conta Celina.

 

Rosângela e Edson agradecem o cuidado que Maria dispensa aos seus filhos e se alegram por todos terem decidido selar a Aliança de Amor com a Mãe e Rainha de Schoenstatt. Hoje, Gabriel é formado em História e Direito, Rafael cursa Administração e Beatriz faz Pedagogia. Todos acompanham os pais nas celebrações no Santuário. “A Mãe de Deus supre o que não podemos, continua o que iniciamos e melhora o que fracassamos”, estas palavras do Pe. José Kentenich acompanham a família Pieralisi.

 

 

Diante dessa imagem a Sra. Catarina Kentenich consagrou o filho

 

 

 

[1] SCHLIKMANN, Dorothea M. Os Anos Ocultos: Pe. José Kentenich: Infância e juventude (1985 -1910). Santa Maria: Sociedade Mãe e Rainha, 2008. p. 91.

[2] KENTENICH, José. Documentos de Schoenstatt. Santa Maria: Editora Pallotti. p. 73

[3] MONNERJAHN. E. Pe. José Kentenich: Uma vida pela Igreja. Tradução de P. Gilberto Cavalini. Santa Maria: Editora Pallotti. 1997. p. 121

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