No dia 31 de dezembro de 1945, o Pe. José Kentenich dizia às dirigentes da Liga Apostólica Feminina de Schoenstatt: “Nossa vida deve provar: em nós, Cristo percorre o mundo. Se não for assim, toda a aspiração é uma autoilusão”.

 

Às vésperas de iniciar um novo ano, ele animava a crescer na intimidade com Cristo. Essa intimidade, dizia o Pe. Kentenich, “deve formar e configurar minha vida, deve despertar em mim força sacrifical, alegria pelo sacrifício. ‘O amor a Cristo nos impulsiona’ (2 Cor 5,14). O amor afetivo deve tornar-se amor efetivo. Como uma roda, deve impulsionar a santidade do dia a dia”.

 

Nesse mesmo encontro da Liga Feminina, Pe. Kentenich lança a pergunta:

Como devemos cultivar a intimidade com Cristo no Ano Novo?

 

E responde com alguns conselhos:

– Ler a Sagrada Escritura mais do que até agora o temos feito;

 

– Ler mais livros sobre Cristo do que até agora e, assim, conhecer melhor e amar mais a Jesus;

 

– Se quisermos nos exercitar no amor, o Tabernáculo deverá ser nosso lugarzinho predileto, no qual o apóstolo sempre encontra repouso;

 

– A Santa Missa deverá tornar-se o centro de toda a nossa vida;

 

– O nosso amor ao próximo deverá ser expressão do nosso amor a Cristo. Se quisermos provar que amamos a Cristo, tomemos como pedra de toque da nossa ascese o autêntico amor ao irmão e à irmã;

 

– Nesse contexto lhes peço também – dizia o Pai e Fundador – levar a sério tudo o que a Família nos ensina em relação à autossantificação e, portanto, levar a sério o horário espiritual e a sempre manter um controle feito com alma.

 

É interessante recordar que esses conselhos surgem num período delicado de pós-guerra, quando os esforços se movem para reconstruir o país, as famílias, as vidas… O contexto atual é bem diferente, porém, também desafiador; isso torna as palavras do Pai e Fundador ainda mais presentes e proféticas.

 

Em meio ao sonho e objetivo de formar uma nova terra mariana no Brasil Tabor – de reconstruir a nação – também é interessante recordar a mensagem de Ano Novo de 1942, quando ele escreve à Família de Schoenstatt, do campo de concentração de Dachau, convidando a perseverar no amor e na fidelidade à missão da Aliança de Amor: “Para realizar nossa missão, hoje, como outrora para Israel, não basta uma fé cálida e um íntimo amor. Vivemos na ordem da cruz, por isso, fé e amor devem desposar-se com heroico amor à cruz. O que decorre daí? Sabem-no tão bem quanto eu… Um amor ilimitado, apaixonado, dedicação total à Família, consumindo por ela todas as forças intelectuais e espirituais… Todos devem estar tomados e verdadeiramente abrasados por essa fé na missão, caso contrário, nos tornamos e criamos levianos espirituais…”.

 

Sua mensagem representa um sopro de esperança e impulso para fazer cada dia de 2020 uma nova oportunidade de crescer no amor a Cristo. A missão convida a provar: “em nós, Cristo percorre o mundo” e, dessa forma, transformar a realidade.

 

 

* Palavras do Pe. José Kentenich retiradas dos livros:

 

Cristo Minha Vida – Textos escolhidos sobre Cristo
Em: Dimensões do amor a Cristo, Conferência no Encontro de Dirigentes da Liga Apostólica Feminina de Schoenstatt, 31 de dezembro de 1945.

Padre José Kentenich – Como nós o conhecemos
Ir. M. Anette Nailis. Sociedade Mãe e Rainha, Santa Maria/RS, 3ª edição, 2011

 

Fonte: schoenstatt.org.br

 

 

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