Pe. José Kentenich: Sua pedagogia, espiritualidade e seu exemplo aplicados à vida prática dos pais

 

Carlos Eduardo Putinatti – Ser pai é um trabalho conjunto com Deus, que é o autor da nossa vida. Trata-se da tarefa maravilhosa de trabalhar em conjunto com Ele no desenvolvimento do bem mais precioso que me confiou: meus filhos!

 

Com o Pe. José Kentenich aprendi a me identificar com a presença infinita, consoladora, envolvente e amorosa de Deus. Essa experiência se concretiza em minha vida através da confiança filial que ao longo dos anos deixei crescer dentro de mim.

 

Sua firme liberdade interior me impulsionou na busca da minha própria e a entender os planos de Deus para mim, especialmente na minha vocação. À procura do meu eu interior, descobri a minha vocação ao matrimônio e, ao passo que buscava no fundador essa filialidade, desenvolvia em mim a paternidade que ele sempre demonstrou aos seus filhos.

 

O Pai Eterno está aqui, em nossa vida diária

A missão de ser pai é muito linda, pois a nós cabe sermos a face de Deus para nossos filhos. Isso para mim é o maior desafio! O fundador é modelo de pai para o tempo atual, refletindo, ao mesmo tempo, o lado humano e sobrenatural. Seu amor incondicional à Mãe de Deus e à Igreja é o seu grande legado e me sinto por ele impulsionado a transferir esse amor aos meus filhos.

 

O viver, pensar e amar orgânicos se aplica também na paternidade. Em tudo procuramos enxergar o atuar poderoso de Deus, até mesmo nos pequenos acontecimentos ou naqueles que não são muito agradáveis. Trata-se de olhar a vida com os olhos da fé. Sempre procuro mostrar aos meus filhos que Deus ocupa um lugar especial em nossa vida e nada que acontece conosco está separado Dele.

 

É muito bonito quando rezamos a noite em nosso Santuário Lar e eles nos falam 3 coisas que aconteceram ao longo do dia e que querem agradecer à Deus e à Mãe de Deus. Pequenas coisas como: “brinquei no parquinho; a mamãe fez macarrão ou a aula foi muito legal”, nisso eles aprendem como Deus está presente em todos os momentos do dia, nos presenteando com pequenas alegrias.

 

Ser filho para ser pai

Pe. Kentenich conhecia os seus filhos espirituais e conseguia ver a essência de cada um deles, sempre respeitando suas personalidades e originalidade. É dessa forma que desejo fazer com meus filhos, olhar sempre para as diferentes fases de suas vidas e aceitá-los com as suas características, personalidade e originalidade. Só assim conseguirei extrair o melhor de cada um deles e ajudá-los no caminho da vida e a crescerem personalidades firmes, fortes e sacerdotais.

 

Sempre que penso na paternidade, penso imediatamente na filialidade, pois, como nos ensina o fundador, é preciso ser bons filhos diante de Deus para sermos bons pais aqui na terra. Assim desejo viver minha paternidade, estreitando cada vez mais meus laços com Deus Pai, para poder ser seu transparente para meus filhos.

 

 

* Carlos Eduardo e Daniella Putinatti pertencem ao Instituto de Famílias de Schoenstatt

 

Fonte: schoenstatt.org.br

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