O artigo publicado em 02/07/2020, no jornal ‘Tagespost’, por Alexandra von Teuffenbach, na Alemanha, relata supostas acusações de abuso de autoridade e abuso sexual que o Padre Kentenich teria cometido. Tais informações foram obtidas no ato da revisão de arquivos do tempo do papado de Pio XII, arquivos estes, que desde março de 2020 foram abertos à comunidade e por decisão do Papa Francisco. Tais informações publicadas não eram conhecidas do público, uma vez que compõem as atas do processo de beatificação do Padre Kentenich. Importante frisar, serem estas conhecidas e consideradas no processo que, como todos os processos de beatificação, correm em sigilo. Cabe lembrar a todas e todos, que são propostas, exemplos de santidade na Igreja, quando é feito uma investigação aprofundada de toda sua vida, escritos, atos e atitudes antes de declará-las BEATOS ou SANTOS. No caso do Padre Kentenich, o bispo que recebeu estas supostas acusações, em fins de 1940 e início de 1950, foi o mesmo que abriu o processo de beatificação no ano 1975.

 

A forma como a notícia citada ganhou repercussão atinge – de maneira significativa –, a Família de Schoenstatt no mundo inteiro, incluso o Brasil. Questionamentos deste porte causa-nos dor devido ao significado que o Padre Kentenich tem para o Movimento de Schoenstatt e toda a sua trajetória DENTRO e DIANTE da Igreja. Não nos compete julgar as razões às quais o artigo foi publicado. De toda forma, podem e devem ser questionadas. Assim fazemos nesta publicação e também a Presidência Internacional do Movimento de Schoenstatt, na pessoa de seu Presidente, Pe. Juan Pablo Catoggio, ISch.; a qual é premissa ímpar que também seja verificada no site oficial do Movimento de Schoenstatt no Brasil.

 

O nosso Fundador nos ensinou e estimulou a buscar a Vontade de Deus, nos dizendo, que Deus “FALA” também nos acontecimentos da vida, no dia-a-dia. A notícia publicada merece atenção especial nessa perspectiva. Além do ‘choque’, tal feito nos toca de forma profunda e pede a nós abertura e calma para buscarmos OLHAR e TORNAR CLARO a VIDA e a OBRA do Padre Kentenich. Quanto mais conhecermos, mais podemos anunciar.

 

Uma postura simplesmente defensiva da nossa parte – membros do Movimento de Schoenstatt –, pode vir a interferir na perspectiva do OLHAR e TORNAR CLARO caminhando por, inclusive, distorcer. Quando se trata do “Pai Fundador” é passível de acontecer”. Isso seria reagir a partir da ferida e não conseguir, portanto, ouvir a voz de Deus, mas sim e somente ouvir a nós mesmos, em nossa dor. O momento exige atentar para uma postura sem medo a questionar e deixar-se questionar ao que está sendo relatado e conhecido e não era até então e para a maioria da opinião pública. Conhecer melhor e mais profundamente, em suas luzes e sombras, toda a história, nos permitirá libertar-nos de diferentes interpretações não condizentes com a realidade: a vida e a história do Padre Kentenich. Essa perspectiva também poderá trazer questionamentos em relação ao nosso proceder e ao proceder do outro, levando a restaurar imagens inapropriadas, até danificadas, por acusações inverídicas.

 

Somos os mais interessados em tornar transparente o atuar e a vida do Padre. Kentenich. Que o Espírito Santo nos ILUMINE e Maria, a mulher vestida de SOL, nos auxilie na busca sincera. “[…] SOMOS FILHOS DA LUZ, FILHOS DO DIA”. (1Tess 5,5)

 

Padre Vandemir J. Meister, Isch.

 

Direção Nacional, Movimento Apostólico de Schoenstatt no Brasil

 

Padre José Fernando Bonini, ISch.

 

Presidência Nacional, Movimento Apostólico de Schoenstatt no Brasil

 

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Fonte: schoenstatt.org.br

 

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