Sejamos milagres da confiança e busquemos em primeiro lugar o Reino de Deus
Ir. M. Ana Paula Ramos Hyppólito – Tanto se tem lido e ouvido sobre a crise atual… É um turbilhão tanto de informações negativas quanto de bons estímulos para ajudar-nos a não perder a esperança.
Em meio a tudo isso, encontrei, justamente na véspera do início de maio, esse trecho de nosso Pai e Fundador, de um Congresso para a Liga Apostólica Feminina, em 1945. O Pe. José Kentenich fala exatamente para hoje, e ele, como profeta, nos indica o caminho seguro para esta situação em que vivemos. Penso que Deus quer nos dizer isso agora, por meio de nosso Pai e Fundador. Ele diz:
“Eu penso que não devo concluir sem abordar a aflição que arde em nossa alma: necessidades da vida, necessidades econômicas e necessidades no campo da saúde. Podemos aparentar vitalidade exterior, mas se percebe em nós as necessidades básicas. Quem conhece um pouco a situação econômica do povo, sabe que provavelmente estamos a caminho de uma grande fome e que podemos esperar por epidemias.
Diante deste cenário, tendemos naturalmente a assustar-nos e a estremecer. Permitam-me que recorde as palavras da Sagrada Escritura que, com tanta intensidade, ressoa na alma: ‘Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.’ (Mt 6, 33). Procuramos o Reino de Deus, o Reino de Schoenstatt no caminho que sempre nos foi apresentado. Todas nós queremos nos empenhar para tornar-nos autênticas filhas de Schoenstatt. Todo o mais nos será dado por acréscimo, também o necessário para comer e beber.
As senhoras sabem como podemos administrar a crise econômica? Um dos meios econômicos mais importantes é e continua sendo a entrega total a Deus. Esta entrega nos protege e preserva de toda a necessidade, ou ainda, ela nos ajuda a sair vitoriosos de cada crise. A Mãe de Deus não é somente a Mãe das Graças, mas também a Mãe do Pão, a Mãe do Lar.
Sendo uma Família, devemos superar juntos as crises e preocupações econômicas e, tanto quanto possível, partilhar o pão de modo mais consciente. A Mãe de Deus seja a nossa Mãe do Pão comum, nossa Mãe do Lar comum.
Quantas de nós hoje não têm mais um lar concreto! Quem deve dar-nos novamente um lar, um lar concreto? A Mãe de Deus! Mater habebit curam! Quantas vezes nós usamos essa frase na prisão, no campo de concentração, no bunker¹ e em outros lugares: “A Mãe cuidará”!
Como Mãe das Graças, ela cuidará para que nos tornemos novas personalidades, uma nova comunidade.
Como Mãe do Pão, ela cuidará das necessidades físicas e da minha saúde.
Como Mãe do Lar, ela cuidará das demais preocupações.
Por isso, aguardo com muita tranquilidade as preocupações e dificuldades. Se for preciso esperar dezenas de vezes a morte e comprovar a eficácia da expressão: “Mhc!”, como se deve estar convencida agora quando a usamos para superar a crise de pão, crises da vida, crise de saúde, crise de abrigo. Sim, verdadeiramente, ela se comprovou quando dissemos: “Mhc!” Assim foi sempre, assim ainda é hoje, e assim continuará até o fim da nossa vida: Mater habebit curam!”
Mater habebit curam! A Mãe cuidará! Sejamos milagres da confiança e busquemos em primeiro lugar o Reino de Deus! Se assim o fizermos, a Mãe nos dará tudo o que de fato necessitamos. O principal é que continuemos a propagar seu nome e o nome de seu Filho Jesus. Não baixemos nossa “imunidade espiritual”, só com ela estaremos protegidos de qualquer vírus!
Neste mês de maio, não concentremos nossa atenção, nossas preocupações e conversas em assuntos financeiros ou em outros que nos dispersem do essencial. Temos, sim, que tomar medidas prudentes tanto no que se refere aos cuidados com a saúde, como nas questões financeiras, mas o centro das nossas ocupações seja como divulgar a Mãe de Deus, torná-la mais conhecida, amada e louvada!
Do restante, ela mesma vai cuidar! Se cuidarmos dela, ela cuida de nós. Nada sem nós, nada sem vós!