Ir M Rosequiel Fávero – O dia 15 de abril é especial para a Família de Schoenstatt, especialmente para a Obra de Famílias (mas não só para eles). Porque recordamos neste dia a ‘Carta de Santa Maria’, documento enviado pelo Padre José Kentenich, a partir de Santa Maria/Brasil, para o Pe. Johannes Tick, na época, assessor na ‘nascente’ Liga de Famílias na Alemanha. A carta era uma saudação ao primeiro grupo da Liga de Famílias que selaria a Aliança de Amor com a MTA na festa da Santíssima Trindade.

 

Carta de Santa Maria: Documento de Fundação da Obra das Famílias
Em 1967, numa celebração em pleno Campo de Concentração de Dachau, que recordava os 25 anos da fundação da Obra das Famílias de Schoenstatt, o próprio Fundador, Padre José Kentenich, afirmou que a ‘Carta de Santa Maria’ seria o ‘Documento de Fundação’ da Obra das Famílias. Lendo o texto da carta, mostrou como já continha ‘as sementes’ do que se desenvolveria mais tarde: a corrente dos Santuários Lares.

 

“Levem a imagem da Mãe de Deus”
Passados 72 anos desde que foi escrita, sabemos que a Carta de Santa Maria, num dos seus trechos mais conhecidos, “Levem a imagem da Mãe de Deus lhe deem um lugar de honra nos lares”, inspirou e inspira também até hoje a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt que, sem dúvida alguma, desponta como o apostolado schoenstattiano que alcança o maior número de pessoas e países no mundo. E todas as entronizações da MTA, não só nas residências, mas em estabelecimentos comerciais, meios de transportes públicos, etc. Todas podemos ver, de alguma forma, como um eco do espírito do qual a Carta de Santa Maria está impregnada: “Levem a imagem da Mãe de Deus…”

Vivemos um tempo fora do comum, com o mundo ameaçado sob uma pandemia. Como Família de Schoenstatt mundial estamos, por assim dizer, já com a coroa nas mãos para ofertar à MTA e proclamá-la ‘Rainha da Saúde’. O que a Carta de Santa Maria teria a nos dizer na situação atual?

 

 

 

Famílias: pequenos santuários
A continuação da já citada frase pode nos dar uma resposta: “Levem a imagem da Mãe de Deus e deem-lhe um lugar de honra em seus lares. Assim, estes se transformarão em pequenos santuários, nos quais a imagem de graças atuará eficazmente, criando uma terra santa na família, e formando santos membros da família.”

 

Com a fundação da Obra das Famílias de Schoenstatt nosso Pai e Fundador apostou no ‘Santuário da família’ como o lugar privilegiado a partir do qual a Mãe de Deus quer renovar o mundo. E o que vimos nestas semanas em nossa Pátria? Com o fechamento das igrejas em função da pandemia do Covid, não foram justamente as famílias, redescobertas como a ‘igrejas domésticas’, como pontos de uma imensa rede que, conectados uns aos outros, perfazem a Igreja?

Apesar dos seus 72 anos, o conteúdo da Carta de Santa Maria permanece (e muito) atual. Que a ‘Rainha da Saúde’ que vamos coroar fortaleça ainda as famílias que abrem as portas de seus lares para a MTA e que aceitam o desafio de se tornarem seus Santuários.

 

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