Foto: Geralt – Pixabay

 

Pe. Deilton C. de Sousa – A experiência das redes sociais é inerente às novas formas de comunicação. As modernas formas de comunicação contribuem, expansivamente, ao conhecimento de novos modos de vinculação. Hoje, falar de redes sociais é equivalente ao modo de se relacionar, pois elas condicionam o ser humano às modernas formas de relacionalidade, ou seja, de dar-se, comunicar-se, vincular-se. As redes sociais fundamentam, hoje, a transmissão de quem sou, o que penso, o que faço.

 

Promover a Cultura dos Vínculos

Como todo mecanismo de comunicação, não diferente são as redes sociais, podem levar o ser humano ao isolamento, à debilidade do desenvolvimento dos vínculos interpessoais. No entanto, a cultura midiática, na qual as redes sociais contribuem para o seu desenvolvimento e fortalecimento, realiza um papel fundamental no que significa o mundo dos vínculos, pois “as maiores possibilidades de comunicação traduzir-se-ão em novas oportunidades de encontro e solidariedade entre todos”, ou seja, trata-se de um caminho que significa “sair de si mesmo para se unir aos outros”, “de descobrir e transmitir a ‘mística’ de viver juntos”, nos afirma o Papa Francisco. Neste sentido, no manual das redes sociais se faz imprescindível a promoção da cultura dos vínculos, a promoção do diálogo interpessoal e da evangelização.

 

Um novo modo de viver em Aliança

Falar em cultura dos vínculos é falar da “cultura da aliança”, que é sinônimo da “cultura do encontro” que, por sua vez, também se concretiza na cultura midiática, nas redes sociais. Numa cultura amplamente digitalizada as redes sociais geram um novo modo de viver em aliança, de abrir-se ao outro e criar novos laços de amizades, pois a “cultura do encontro é cultura da aliança. E isso gera solidariedade…e aliança significa solidariedade. Significa criação de vínculos” . Cabe dizer, então, que as redes sociais criam um novo modo de amar, viver e pensar orgânicos, em base às palavras do Padre José Kentenich. Sendo assim, as redes sociais contribuem para a missão profética de Schoenstatt e da Igreja nos tempos atuais. A juventude tem, então, um rol protagonista nesta missão profética e midiática como cooperadores de Deus na construção do mundo novo, na conformação do mundo em Cristo.

 

Diante de tudo isso, três pequenas atitudes que não poderiam faltar no manual das redes sociais.

 

Primeiro, comunicar a verdade sempre. As redes sociais são um canal privilegiado para a promoção da verdade, ou seja, promovem a comunicação profética da verdade no tempo das fake news. Não separar a verdade da realidade. O amar, viver e pensar orgânicos é “simbólico, centrado, integral”, contra todo individualismo e fragmentação da realidade, ou seja, não separa a ideia da vida.

 

Segundo, transmitir o valor das relações comunitárias. As redes sociais favorecem o encontro com os outros, diminui distâncias, desperta o interesse pela vida do próximo, gera solidariedade e generosidade, desperta o intercâmbio de vidas e o respeito à vida. Neste sentido, as redes sociais têm uma estrutura familiar, social, eclesial, de comunhão, que nos permite viver profundamente como membros do mesmo corpo em Cristo (cfr. 1 Cor 12, 12-30).

 

Por último, anunciar a fé. Dar testemunho de uma adesão à uma pessoa concreta, Jesus Cristo. As redes sociais fazem despertar em nós a estrutura sacramental que tem a fé, ou seja, este “despertar da fé passa pelo despertar de um novo sentido sacramental na vida do homem e na existência cristã, mostrando como o visível e o material se abrem para o mistério do eterno” . No fundo, as redes sociais são um meio privilegiado de evangelização.

 

Fonte: schoenstatt.org.br

 

Deixe um comentário