Rita Lopes – O Mistério do Amor de Deus

 

“Ensina-me, Senhor, a procurar-te, e mostra-te quando te procuro. Não posso procurar-te se tu mesmo não me indicas, nem achar-te se tu mesmo não mostras a mim. Que eu te procure desejando-te e anseie por ti procurando-te; que eu te ache amando-te e te ame encontrando-te”. Santo Agostinho

 

Nesta semana em que celebramos o Natal recordamos os sentimentos que envolvem a essência deste acontecimento sublime. O Nascimento de Jesus trouxe ao mundo muitos mistérios, que conduz a uma reflexão, tão necessária para esse momento de recepção ao menino Deus.

Para compreender o real sentido do natal, recentemente o Pe. Deilton Coelho de Souza levou a comunidade a reflexão desse mistério através de um retiro do advento. Em suas palavras destacou-se a profundidade do amor, enfatizando que “Deus é Amor: aquele que permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele.” (1Jo 4,16)

Viver esse amor é uma preparação rumo ao Natal. “O Amor enviou o Filho como penhor da Salvação”. Essas palavras de nosso Fundador, Pe. José Kentenich, resumem o mistério da vinda do Salvador. Algumas perguntas motivam a comunidade a experiência do silêncio e reflexão:

“Como tenho experimentado o amor de Deus?”
“O que não me faz reconhecer a presença de Deus na minha vida?”

Deus é amor e o autor da nossa história, o reconhecimento dessa história permite que se tenha conhecimento de quem é esse Deus, permite compreender esse mistério de amor.

A vivência do advento e a vivência desse natal é conceber o nosso natal, nosso nascimento, nosso milagre. Somos milagre de Deus, não deixemos que a ausência de oração e intimidade com Deus nos mantenha longe dessa compreensão.

Em suas profundas reflexões Santo Agostinho revelou: “Tarde te amei, Beleza tão antiga como nova. Tarde te amei. Disforme como era, atirava-se às coisas belas que criaste. Tu estavas comigo, mas eu não estava contigo. Chamaste-me, gritaste, rompeste a minha surdez, brilhaste, refulgiste, venceste a minha cegueira. Emitiste o teu perfume, eu o aspirei e agora anelo por ti. Provei e agora tenho fome e sede de ti. Tocaste-me e agora ardo de desejo da tua paz.”

Mais questões ajudam a silenciar e entrar num momento de intimidade espiritual. São reflexões que ajudam a fazer um exame pessoal e preparar para uma boa confissão:

 

 

“Onde reconheço a Deus na minha vida?”
“Reconheço que sou um milagre de Deus?”
“Reconheço que minha vida é uma história sagrada?”

 

Em oração e com preces particulares, os corações são depositados no presépio: “Vem, Jesus, ó Rei Divino, ao meu pobre coração! Eu te espero com saudade, alegria e gratidão! Se o mundo te rejeita com dureza e rigor, minha alma te acolhe com ternura e amor!”

Que através da grande experiência do Natal, reconhecendo Deus como autor de nossa história possamos viver todos os dias essa reflexão, nos aproximando cada vez mais desse mistério de amor.

 

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