A guerra acabou, e agora?

 

Ir. M. Márcia Silva – A resposta desta pergunta é o tema do teatro promovido pela União de Famílias de Schoenstatt, na noite do último sábado, 26 de outubro de 2019, no palco do Teatro Mãe de Deus. Esse evento cultural foi aberto à comunidade, reunindo mais de 300 pessoas, dentre as quais também estavam os participantes do Congresso de Outubro.

 

A realização da peça envolveu pais, mães e filhos num total de 40 pessoas, entre atores, ajudantes de palco e equipe técnica. Tudo começou com os pais que contam à filha sobre o Congresso de Hoerde, um acontecimento importante para o Movimento Apostólico de Schoenstatt, pois marca o início da Obra fora dos muros do seminário. Esta narração se torna realidade e eles estão diante das trincheiras nas quais aparecem os soldados que se reúnem com os seminaristas e participam dos grupos da Congregação Mariana nos campos de batalha.

 

Com o fim da guerra os seminaristas voltam para Schoenstatt e os jovens, congregados externos, estão preocupados com a continuidade da organização. “Ela vai continuar existindo, ela será transformada ou será extinta?” Diante de tantas perguntas eles se comunicam com o Pe. José Kentenich e o Fundador incentiva a organização de um congresso, que acontece na cidade de Hoerde, há exatamente 100 anos.

 

 

 

 

O fogo não pode apagar

O Congresso de Hoerde é preparado com entusiasmo, mas exige protagonismo e coragem, pois na última hora os jovens recebem a informação de que o fundador, Pe. José Kentenich, não estará presente. A situação é difícil, mas eles decidem realizar o congresso no qual a chamada “Organização Externa” se torna União Apostólica. “Aquilo que eles fizeram, dar o primeiro passo sem desistir diante dos obstáculos, nos impulsiona a levar Schoenstatt a partir do nosso testemunho para as gerações futuras”, afirma Guilherme Ribeiro da Silva, de Abatiá/PR.

 

“Agora entendi o Congresso de Hoerde”, diz Sônia Aparecida Vágula, de Presidente Venceslau/SP. Este depoimento responde às expectativas e a todo o empenho da equipe de organização, que há dois meses intensificou os ensaios e ofereceu muitas contribuições ao Capital de Graças pela realização do teatro. “Fazer uma peça como essa exigiu muito tempo e esforço, mas foi muito gratificante, valeu a pena. É uma honra e uma grande responsabilidade retratar um pouco do que foi o Congresso de Hoerde. Esperamos que possa aquecer os corações, para não deixar morrer esta chama, ela deve continuar acesa”, contam Anderson e Fernanda Garcia, que participaram do elenco teatral.

 

O teatro “Hoerde ontem e hoje” foi elaborado para o III Encontro Territorial da União de Famílias, que aconteceu em Atibaia/SP no mês de novembro de 2018, porém Gines Ponce, que esteve presente nas duas apresentações, revela: “Lá foi bom, mas aqui foi bom demais, lá me emocionei, aqui cheguei a chorar”. No final da apresentação é chamado ao palco o Rogério Chimentão e Rita de Cássia P. Lopes, que foram responsáveis pela organização e direção do teatro e recebem a gratidão de todos. Pe. Júlio Fabiano Rodrigues encerra a noite com a benção sacerdotal.

 

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