“Espírito Santo, Tu és a alma de minha alma. Cheio de humildade te adoro. Ilumina-me, fortifica-me, guia-me e consola-me” [1]
Pe. Francisco José Lemes – Com esta grande solenidade encerramos o Tempo Pascal e se inicia o Tempo do Espírito, que nos impulsionará na missão de sermos testemunhas de Cristo e seu Evangelho renovando a face da terra. Sim… tempo do Espírito que nos encorajará a inflamar o mundo no amor de Cristo, o Amado do Pai. Espírito que nos fará, no Filho, nos sentir amados pelo Pai. Espírito que nos ajudará a fazer deste Brasil Tabor uma nova terra mariana.
Ao soprar sobre os apóstolos, lhes transmitindo este Espírito que vem do Pai pelo Filho, também hoje Jesus sopra sobre a Igreja, renovando-a e fortalecendo-a para que seja um sinal de sua presença no mundo e de sua ação salvífica por meios de nós, homens e mulheres, que, como vasos de barro, guardam este tesouro. Nas suas línguas de fogo purificará nossa inteligência, fazendo-nos compreender a mão de Deus no curso da história, como dizia nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich: “Com a mão no pulso do tempo e os ouvidos no coração de Deus” nos ajudará a falar novas línguas, sendo que a principal é e sempre será a do amor; pois Deus é amor!
Rezemos com Pe. José Kentenich, como nos ensinou na oração das Vésperas do Rumo ao Céu, e o façamos com nossa querida Mãe e Rainha, que é Coração da Igreja. Em seu Santuário, nosso pequeno Cenáculo, como outrora ela se reunia com os Apóstolos, hoje se reúne conosco, por isso, juntos, lhe supliquemos:
“O sol se encaminha para o seu repouso/ e nos convida a olhar o Cenáculo.
Ali imploraste para a Igreja o Espírito/que a libertou das aflições da mediocridade, / que a introduziu nos ensinamentos de Cristo/ e nela avivou o espírito de apóstolo e de mártir”
(Rumo ao Céu 211-212)
Sim… de teu Santuário queres “fortalecer em nós, fracos, o olhar da fé, / para contemplarmos a vida com o olhar de Deus/e caminharmos sempre à luz do céu” (RC 213). [No Santuário] nosso pequeno Cenáculo – sua escola de amor – Ela, a “cheia de graça”, quer nos formar homens e mulheres que “adorarão o Pai em espírito e verdade” e serão fortes e corajosos, ousados na fé para que de novo o mundo nos olhe e se converta ao ver que nos amamos uns aos outros.
[1] Trecho da Oração ao Espírito Santo rezada pelo Pe. José Kentenich na solenidade de Pentecostes, em 1965, na Paróquia de São Miguel (Milwaukee/EUA) antes da homilia. É uma paráfrase da oração rezada pelo Cardeal Désiré-Joseph Mercier (1851 – 1926)