“Agora estás suspenso entre o céu e a terra, para que surja uma nova criação de amor; a Onipotência se tornou indizivelmente pobre, porque teu amor é tão profundo e ardente” (Rumo ao Céu, 311).
Kennedy Rocha – Na Santa Missa queremos novamente ser pregados à cruz com Jesus, dar-lhe ocasião de continuar sua paixão vinte e quatro horas por dia e, então, ao mesmo tempo, durante o dia levar a sério o estar pendente da cruz.
A Filialidade Heroica de Jesus é levada ao extremo da Cruz. Aquele que não tinha pecado, se fez pecado pela nossa salvação: “Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós. Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador” (Is 53,4-7).
O Corpo de Jesus, levantado no madeiro da Cruz, “não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares e seu aspecto não podia seduzir-nos. Era desprezado, era a escória da humanidade, homem das dores, experimentado nos sofrimentos; como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto, era amaldiçoado e não fazíamos caso dele” (Is 53,2-3). Porém, como a serpente de bronze levantada no deserto, todos os que olhassem para Ele seriam curados de suas enfermidades e teriam a vida eterna (Jo 3,14).
O SIM de Jesus à vontade do Pai foi ilimitado, para que, ao ter o coração rasgado na Cruz, pudéssemos ter livre acesso ao Trono da Graça. Ele não quis perder nenhum de nós e, com o seu Sangue misericordioso, nos cobriu e nos lavou de toda culpa, de todo pecado.
Não existe maior amor do que dar a própria vida pelo irmão. Todos os ensinamentos e palavras de Jesus não foram vazios, mas foram vividos em sua própria carne. Ele é o Cordeiro Imolado que expia os nossos pecados. Sua morte foi por amor, para que nós tivéssemos vida e vida em abundância.
A morte de Jesus na Cruz foi para a salvação da humanidade, mais do que isso, foi para a minha salvação, foi para a sua salvação. Não uma salvação subjetiva, mas uma salvação pessoal, que nos livrou das garras de Satanás e nos deu a vida eterna.
Que hoje possamos unir os nossos sofrimentos ao sofrimento de Jesus Redentor e, se acaso a Cruz estiver pesada, tenhamos a certeza de que “o Esposo em mim ajuda a carregar, a Mãe vigia: assim sempre somos três” (Rumo ao Céu, 396).
“Agora estás suspenso entre o céu e a terra,
para que surja uma nova criação de amor;
a Onipotência se tornou indizivelmente pobre,
porque teu amor é tão profundo e ardente”
(Rumo ao Céu, 311)
fonte: schoenstatt.org.br
foto de capa: fotografiareligiosa.com.br