Heróis de Schoenstatt: uma constante inspiração para nós

3 de outubro de 2019 às 10:38 PM

 

Estamos no Ano João Pozzobon e neste dia 04 de outubro lembramos a morte de José Engling, um dos primeiros heróis de Schoenstatt, pertencente à Geração Fundadora e grande fonte de inspiração e exemplo para o iniciador da Campanha da Mãe Peregrina. Diante da pergunta do Pe. José Kentenich: “Quem será o José Engling da América do Sul?” João Pozzobon respondeu a si mesmo: “serei eu!” Ele nos conta:

 

“Pude compreender que eu também tinha que despertar o heroísmo. Não só o cumprimento do dever – todos temos a obrigação de fazê-lo, mas o heroís­mo, esse heroísmo total, de entrega. A partir daquelas prega­ções sobre a Geração Fundadora, isso ficou gravado no meu coração. (…) Tratei de en­trar, também, nesse caminho”. (Herói hoje, não amanhã)

 

Assim podemos constatar que um herói, com seu exemplo e testemunho, desperta o heroísmo em outras pessoas. O Pe. José Kentenich, numa oração do Rumo ao Céu, enfatiza: “Teu ser e tua vida repercutem neles, determinam sua desgraça ou aumentam sua felicidade” (471). Não crescemos sozinhos, cada pequena coisa que fazemos ou deixamos de fazer tem uma influência sobre os outros e pode estimulá-los para o bem ou fazê-los desanimar.

 

A busca por modelos

 

 

Desde crianças olhamos para os super-heróis da televisão e tentamos imitá-los. Depois, quando nos tornamos jovens, admiramos cantores, artistas, modelos… Pode ser que essas pessoas tenham um grande talento e potencial artístico, mas muitas vezes, sua vida não é um bom exemplo a ser seguido. É normal no ser humano essa busca por modelos de vida, por alguém a quem possa seguir e imitar.

 

Como católicos e schoenstattianos, podemos contagiar muitas pessoas, mesmo que seja apenas dentro do nosso círculo de convivência, estimulando-as para o alto, por nosso testemunho. Não se trata de termos uma conduta perfeita, impecável, mas muito mais de cultivar o reconhecimento de nossas faltas e, então, começar cada dia de novo, com alegria e confiança na misericórdia de Deus.

 

A experiência de pequenez estimula a um grande salto para as alturas

 Assim vemos na vida de grandes santos e heróis, e com José Engling não foi diferente. Como São Pedro, depois de ter negado Jesus por três vezes, faz sua confissão de amor: Senhor, tu sabes que te amo!… José Engling trilha um caminho de aspiração e conquista de virtudes bastante acelerado, mas chega a um ponto em que sua aspiração parece ter se rendido: a paixão pelo jogo de cartas consegue como que “prostrá-lo ao chão”!

 

Sua consciência delicada e a atuação da graça, porém, vencem nele! Seu arrependimento é tão grande e profundo, que ele volta a fazer progressos, não tanto nas virtudes éticas, mas muito mais na entrega filial à Mãe de Deus, sua querida Mãezinha! Os encontros com ela na oração e pela renovação de seu ideal pessoal se tornam sempre mais frequentes, ele se abandona filialmente, como uma criança, e assim alcança um elevado grau de santidade. A partir desta vivência de pequenez chega a escrever sua oração de entrega total:

 

“Querida Mãezinha, (…)  eu me ofereço nova­mente como holocausto. Entrego tudo o que sou e o que tenho, meu corpo e minha alma com suas faculdades, todos os meus bens, minha liberdade e minha vontade. Quero pertencer-te totalmente. Sou teu! Dispõe de mim como te agrada. Mas se for compatível com teus pla­nos, faze que eu seja um holocausto pela missão que confiaste à nossa Congregação. Humildemente, teu indigno servo José Engling”.

 

Às vezes achamos que alcançaremos a santidade por meio dos muitos progressos que fazemos na aspiração. Mas Deus tem outras medidas. Muitas vezes acontece que nosso crescimento interior se dá por meio de vivências de pequenez e desvalimento, então cresce a consciência e a realidade mais bela de nossa vida: não somos nós que fazemos progressos ou não, que nos santificamos ou não, mas é Deus e a Mãe de Deus que fazem o trabalho principal, nós só temos que nos abandonar inteiramente, filialmente. Assim podemos ser um verdadeiro estímulo para os outros, ao invés de oprimi-los pela nossa “perfeição” exterior.

 

 

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