“Ele olhou o seu coração e te escolheu”

12 de fevereiro de 2019 às 4:58 PM

Primeira Missa do Padre Vitor Hugo Possetti

 

Juliana Dorigo – “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens” (Lc 5,10). Assim dizia o trecho do evangelho da Primeira Missa do Pe. Vitor Hugo Possetti, neste domingo, 10 de fevereiro, na capela do Colégio Mãe de Deus, em Londrina/PR. A família, os amigos, a juventude e centenas de fieis lotaram a capela para poder acompanhar a celebração do novo sacerdote do Instituo dos Padres de Schoenstatt, que estava em casa, na sua terra natal, onde deu os seus primeiros passos na fé.

 

A homilia, feita pelo Pe. Ailton Brito Alves foi um momento de muita emoção. Em detalhes ele descreveu o sentido da vocação e também da família. “Qual o preço que nós estamos dispostos a pagar para seguir os sonhos de Deus em nossas vidas?”.

 

“Os discípulos deixaram tudo para seguir Jesus, que bonito, mas a Bíblia não conta dos familiares que ficaram chorando com a partida deles para seguir Jesus”, e de maneira simbólica, ele entregou um tapete aos pais do novo sacerdote como símbolo do despojamento: “Quero deixar com a sua mãe, que chorou a sua ausência, os teus sonhos, junto com o seu pai, os seus avós e o seu irmão, que muitas vezes se prostraram em oração para que você ficasse de pé” e acrescentou, “os teus pais foram aqueles que se prostraram e muitas vezes deixaram de sonhar o sonho deles, para sonhar o teu”.

 

Explicando sobre a vivência da vocação ele diz: “O tapete tem seus avessos, como a vida tem os seus avessos. Toda vocação se joga no silêncio, todo o sonhos se constroem no silêncio e sem o aplauso de alguém, nos avessos, de muita renúncia e de muita entrega, como seus pais, e como o Pe. Vitor, que nos ensinou hoje que, para estar aqui, para esta felicidade imensa que ele está sentindo de celebrar a Eucaristia, de viver a felicidade dele, ele teve que viver muitos avessos e entregas”.

 

“Na sua vida de padre muitas vezes você pode se sentir pequeno, é verdade, mas que você tenha essa sabedoria de falar: para onde eu vou? Eu não vou soltar teus pés Jesus, ainda que interiormente eu me sinta pequeno” dizendo também sobre a simplicidade e a humildade: “Gente grande de verdade se faz pequeno, e por isso é capaz de sempre crescer… a sua humildade e que no movimento se precisa tanto, na nossa Igreja de Francisco, que precisa continuar nesse caminho, que você possa com o seu sacerdócio nos mostrar que há muitas formas diferentes de sermos irmãos… que o reino de Deus é aberto para todos. O reino está entre vós”.

 

O último presente: a foto

Pe. Ailton levou os fiéis, a família, os amigos e também o Pe. Vitor às lágrimas com o último presente simbólico: “A foto do último trabalho do Pe. Vitor. Ele está segurando uma criança, ele fez uma capelinha no Centro Educacional Catarina Kentenich, junto com as crianças, que por vários motivos se separam de suas famílias, tão pequenas, que passam por coisas que nenhum adulto, nem ninguém, deveria passar na vida. E está aqui, o Pe. Vitor, segurando uma dessas crianças, simplesmente alçando uma criança para colar estrelas no teto da capelinha sorrindo”.

 

“Só se pode tocar o céu e as estrelas quem tem os pés no chão. E hoje o Pe. Vitor, que saiu de sua casa, para viver o seu sonho. Espero que nós também possamos contemplar esse símbolo tão bonito da criança colocando estrelas com o Vitor, a criança nem olha pra ele, ela olha para o céu e o Vitor também… os sonhos e o céu se começa aqui, com gestos simples”, disse ele.

 

Também contando sobre os pequenos sinais: “O amor vive de sinais e de pequenos sinais e detalhes, e você meu irmão Vitor, causou uma revolução sem querer, porque o reino do céu começa pequeno como uma semente, e você lá brincando de criança, colando estrelinha em um bairro periférico de São Paulo, no silêncio do domingo, sem aplauso, sem porquê, simplesmente amando.”

 

Fazei isso em memória de mim

“Daqui a pouco na Missa, pela primeira vez você vai levantar o cálice de Jesus, a memória que você sempre vai celebrar… e vai dizer uma e outra vez ‘Fazei isso em memória de mim’,  levantando essa aliança e junto com ela, tantas orações,  levando- as a Deus através do cálice de Jesus”, disse ele.

 

Finalizando a homilia dizendo: “Muitas vezes nos perguntamos, por que eu? Sou apenas um homem de lábios impuros, pequeno, e aí vem a figura de Pedro, quando o Senhor vê o coração, eu só vejo a imagem, quando o Senhor vê o profundo, eu só vejo a margem, então abrace Jesus que ele vai te fazer olhar com ele, pois a melhor coisa é saber que ele é quem olha os corações, ele olhou o profundo. Ele olhou o seu coração e te escolheu para ser seu amigo e seguir ao seu lado”.

 

Consagro a minha vocação a vós

Ao final da celebração, o Pe. Vitor Hugo desceu ao Santuário, onde selou a sua Aliança de Amor quando jovem, voltando novamente seu olhar à Mãe de Deus e consagrou a sua vocação sacerdotal a ela.

 

 

Primeira Missa Pe Vitor Hugo

 

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fonte: schoenstatt.org.br

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